Q.A.: Um diferencial competitivo!
No meu artigo anterior, ”10 Formas de estimular a sua criatividade!”, dei algumas dicas para lhe ajudar a estimular seu cérebro para elaborar suas novas estratégias e ações, e assim obter novas respostas para seus resultados. Talvez você concorde comigo que às vezes é preciso mais que criatividade. Será que durante a execução de suas estratégias tudo sairá como desejado?! Acredito que você já saiba a resposta. Não! O que fazer para que os obstáculos não lhe impeçam de continuar com seus planos? Neste momento algo pode diferenciar você no mercado: Desenvolver seu Q.A. (Quociente de Adversidade).
Conheço excelentes corretores de imóveis que estão vivendo momentos tão desafiadores, que chegam a duvidar de sua capacidade e se paralisam, mesmo que temporariamente. Isto é prejudicial ao crescimento profissional e para os negócios, podendo inclusive interferir nas relações pessoais. Às vezes ter talento não é suficiente, algumas competências comportamentais podem ajudar muito na escalada do sucesso. Este artigo é um convite para olhar de outra forma para as adversidades e dar dicas de como desenvolver seu Q.A.
No nosso mercado (e na vida), conhecemos vários tipos de pessoas. Existem as que simplesmente preferem não se desafiar, as que aceitam desafios, porém preferem se manter num certo limite, e as pessoas que estão sempre buscando novos desafios, pelo desejo de ir além de onde estão.
E foi estudando estes comportamentos que Paul Stoltz, consultor e pesquisador americano, desenvolveu o conceito do Q.A. – Quociente de Adversidade. Ele entrevistou mais de 100 mil pessoas e, acredite, apenas 10% são as que buscam constantes desafios. A maioria, 80%, fazem o suficiente e 10% desistem!
Neste contexto, as pessoas que buscam desafios constantes desenvolvem alta capacidade de enfrentar, processar e encontrar soluções para as adversidades que as surpreendem. E se você nunca ouviu falar de Stoltz ou Q.A., certamente ouviu falar de Persistência e Resiliência… Diante de cenários competitivos estas competências são muito valorizadas, e podem ser seu diferencial competitivo frente a outros colegas corretores de imóveis.
Ter um índice alto de Q.A. está relacionado a forma como a pessoa percebe e responde as adversidades que experimenta. Talvez você esteja questionando agora qual será seu índice de Q.A. E se você já o considerava baixo, a boa notícia é que, segundo Paul Stoltz, é possível aumentar seu Q.A. para ser mais bem-sucedido. Saiba como!
1) Observe suas respostas frente aos obstáculos.
Observar os próprios pensamentos, sentimentos e atitudes, sobre como você percebe e lida com obstáculos, ajuda a identificar padrões de respostas. Estas respostas indicam a forma que você acredita que pode influenciar ou controlar a situação, bem como, de que forma você enxerga a extensão e duração do obstáculo.
Talvez você esteja lidando com as situações da mesma forma (padrão), e isso pode limitar sua percepção de solução. Um bom primeiro passo é se desassociar do contexto, ou seja, como se ele tivesse acontecendo com outra pessoa, e você o enxergasse “de fora”. Ao mudar a perspectiva, a sua percepção também muda e fica mais fácil observar padrões e encontrar novas respostas.
2) Explore as origens dos obstáculos.
Podem haver situações diferentes que estejam causando um obstáculo, então vale a pena investigar as origens. Nem sempre está claro. Isto pode levar você a errar na hora de tomar uma decisão e o obstáculo pode voltar a impedir você de chegar aonde deseja. Com esta clareza você perceberá oportunidades de solução, que ações serão necessárias, qual seu papel nisso e ainda aprender com a adversidade.
3) Se responsabilizar e atribuir responsabilidades.
Há uma tendência natural em responsabilizar os outros quando as coisas dão errado. Estes “outros” podem ser o gestor, a empresa, o governo, o cliente, a família… Encarar a sua própria responsabilidade vai lhe ajudar a compreender qual seu papel na busca da solução.
Existem pessoas que puxam a responsabilidade total para si. Então, é igualmente importante perceber que, nos momentos onde há outros envolvidos, o controle da situação pode não ser seu. Você pode ter feito um trabalho excelente, com um atendimento de alto valor e o cliente não fechar negócio porque seu crédito não foi aprovado, por exemplo.
4) Analise as evidências.
Há uma tendência natural em generalizar e distorcer os fatos. Ao passar por um problema o pensamento pode lhe sugerir que “nada na vida está dando certo” ou “sempre acontece alguma coisa para prejudicar meus planos“. Será mesmo que TUDO está errado? SEMPRE acontece isso? Atenção às evidências! O que está óbvio, claro, comprovado… que está “na cara”, vai te ajudar a encarar os obstáculos e ver “a luz no fim do túnel”.
5) Faça alguma coisa!
Aprendi com uma antiga gestora que, “se algo é para ser feito, merece ser bem feito!” E quando se trata de solucionar problemas, isso se encaixa muito bem. Às vezes as alternativas paliativas só vão gastar sua energia e seu tempo, e manterão você limitado. Se tem algum problema, resolva! Se o problema for daqueles bem grandes, peça ajuda, delegue… mas faça alguma coisa para solucionar.
Pode acontecer de você dar o seu melhor e a situação problemática não se resolver, E aqui vou abrir um parênteses! Eu descobri que o fracasso é um Feedback! Sim! O fracasso é uma RESPOSTA que você recebeu sobre uma ação. Se você se sente um fracasso porque algo não saiu como planejado, deixa eu lhe falar uma coisa importante: Você não é um fracasso porque cometeu um erro ou porque as coisas saíram do seu controle. Você é muito mais que isso.
A boa notícia é que você pode mudar: Agindo! Mude sua ação e tenha uma nova resposta (resultado).
“Por muito tempo, parecia que a minha vida estava prestes a começar – a minha vida REAL. Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a passar primeiro, uma pendência, um tempo a passar, uma dívida a ser paga. Aí então, a vida ia começar. Finalmente entendi que estes obstáculos eram a minha vida.” Alfred D’Souza
Eu não sei para você, mas a citação deste filósofo australiano, caiu como uma luva para mim. Quando olho para trás, minha vida hoje faz muito sentido. Aprender com as minhas próprias experiências trazem à tona muitas qualidades e traços fortes, que possivelmente eu jamais teria descoberto em mim se eu não tivesse passado pelos desafios que passei. Faz sentido para você?
Se esse artigo lhe ajudou de alguma forma, ou não, se você tem alguma sugestão de temas para próximos artigos, ou apenas deseja manifestar sua opinião, ficarei feliz em recebê-los aqui nos comentários.
Muito obrigada e até a próxima!