Os cinco bairros mais caros do país estão na Zona Sul do Rio
Leblon, Ipanema, Lagoa, Gávea, Jardim Botânico. Os cinco bairros mais desejados da Zona Sul carioca são também os que têm os maiores preços de metro quadrado e não só no Rio. Segundo dados do FipeZap, as vizinhanças badaladas estão no topo dos valores nacionais. Nem em bairros nobres de São Paulo, como Jardins e Vila Nova Conceição, a média de preços é tão alta.
Em janeiro deste ano, enquanto a média do metro quadrado no Jardim Botânico (o quinto no ranking carioca) era de R$ 13.818, Vila Nova Conceição (o mais caro bairro paulista) tinha metro quadrado valendo em média R$ 12.100. Claro que há imóveis com preços mais altos, tanto lá como cá. O metro quadrado mais caro de São Paulo está justamente numa área de Vila Nova Conceição, a Praça Pereira Coutinho, e gira em torno dos R$ 20 mil. Valor só comparado ao Leblon, que fechou janeiro com média de R$ 20.451. Esse, contudo, está longe de ser o metro quadrado mais caro do bairro, que em pontos da orla chega a bater o dobro disso. Ipanema, que ocupa o segundo lugar no ranking nacional fechou janeiro com metro quadrado médio de R$ 17.720, seguida pela Lagoa (R$ 14.908) e Gávea (R$ 14.803).
— O alto padrão no Rio está praticamente todo concentrado nessa região da Zona Sul. Esses bairros se tornaram oásis naturais e como não têm mais capacidade de expansão, cria-se uma pressão que, neste caso, aparece no aumento dos preços de metro quadrado. Então, de uma certa forma, a geografia da cidade contribuiu para que os preços ali ficassem tão elevados — diz Eduardo Schaeffer, diretor geral do Zap Imóveis, portal que tem seus anúncios como base para a análise dos preços do FipeZap. — Em São Paulo, as áreas nobres são mais afastadas umas das outras, o que possibilita o crescimento de várias regiões e faz com que o mercado acabe estabelecendo novos pontos de alto padrão.
Foi exatamente o que aconteceu em Vila Nova Conceição, por exemplo. A região próxima ao Parque do Ibirapuera, que até cerca de 20 anos atrás era prioritariamente de casas, começou a mudar com o surgimento dos primeiros prédios, onde foram construídos imóveis de até 400 metros quadrados valorizando todo o bairro. Além de Vila Nova Conceição, completam os cinco mais caros de São Paulo, os bairros de Jardim Paulistano (R$ 10.139), Jardim Europa (R$ 10.090), Ibirapurera (R$ 9.916) e Itaim (R$ 9.764). Fora do eixo Rio-São Paulo, apenas o setor Noroeste, em Brasília, tem preços tão elevados: R$ 10.565, o que o coloca como o sétimo mais caro do país. O bairro, aliás, também foi criado em uma região que, até cinco anos, não tinha nada e hoje vê inúmeros lançamentos de alto padrão.
Para Schaeffer, outro forte motivo de valorização dos bairros cariocas nos últimos anos foi o anúncio de que as Olimpíadas de 2016 seriam no Rio. Foi exatamente nesse momento que a cidade disparou na frente de todas as outras regiões do país, mesmo aquelas com características semelhantes. Fortaleza e Recife, por exemplo, apesar de serem cidades de praia como o Rio, viram os lançamentos imobiliários acontecendo em regiões afastadas do Centro o que acabou também criando novos bairros de alto padrão naquelas cidades.
Fonte: O Globo – Morar Bem
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